Que o Brasil é um país muito grande em extensão todo mundo já sabe. São mais de 8,5 milhões de km² ligados por diversas rodovias de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Mas você tem noção de quais são as suas condições para que os veículos possam rodar nelas?

Há vários anos, o transporte rodoviário é o mais utilizado em terras brasileiras, seja para deslocamento de pessoas ou cargas. E para que ele flua de forma positiva, as vias rodoviárias precisam estar em boas condições. Porém, não é bem isso que acontece em território brasileiro.

As condições primárias da malha rodoviária de nosso país prejudicam não só a sociedade como um todo, mas também acentua os prejuízos ambientais. Isso acontece porque os veículos que circulam em estradas mal conservadas utilizam mais combustível, gerando mais poluição à atmosfera.

Além disso, de acordo com a 24ª Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte no início de dezembro de 2021, apenas 12,4% das rodovias brasileiras são pavimentadas, o que equivale a 25,1 km de pavimentação para cada 1000 km² de área.

Desse total de estradas asfaltadas, a maioria faz parte de centros urbanos, o que significa que as regiões agrícolas sofrem ainda mais com essa precariedade da malha rodoviária do Brasil.

A seguir, nós explicamos um pouco melhor sobre o que é a malha rodoviária, quais são os seus tipos e também a sua importância para o transporte rodoviário. Acompanhe!

O que é a malha rodoviária?

A malha rodoviária, como o nome já sugere, é um conjunto de vias terrestres que possibilitam a mobilidade dos modais rodoviários, no transporte de cargas, além do tráfego veicular.

Essas rodovias que compõem a malha são classificadas de acordo com sua funcionalidade dentro de um centro urbano.

Tipos de rodovias

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), as rodovias brasileiras são categorizadas da seguinte maneira:

Rodovias radiais

As rodovias radiais são aquelas que saem da capital federal, isto é, Brasília, e vão em direção às extremidades do país. Exemplos: BR 070, BR 020, BR 040.

Rodovias longitudinais

Essas rodovias são as que cortam o Brasil na direção Norte-Sul. Exemplos: BR 101, BR 153, BR 174.

Rodovias transversais

Esse tipo de rodovia é a que corta o país na direção Leste-Oeste. Exemplos: BR 230, BR 262, BR 290.

Rodovias diagonais

Seguindo a lógica das rodovias longitudinais e transversais, as rodovias diagonais cortam o país em dois modos: Noroeste-Sudeste ou Nordeste-Sudoeste. Exemplos: BR 319, BR 364, BR 381.

Rodovias de ligação

As rodovias de ligação se apresentam em qualquer direção e, normalmente, ligam as rodovias federais a pontos importantes do país ou até mesmo às fronteiras internacionais. Exemplos: BR 401, BR 488, BR 470.

A importância da malha rodoviária

Apesar de ser um país em constante desenvolvimento, o Brasil é aquele que tem a maior concentração rodoviária de transporte de cargas e passageiros entre as principais economias do mundo.

Hoje, 58% do nosso transporte de cargas é feito por via terrestre. Para se ter uma noção, essa porcentagem é maior do que a praticada em países como Austrália, China, Rússia e Canadá (fonte: Banco Mundial).

O principal problema do país é com relação às condições da malha rodoviária. Por não haver manutenção ou investimento de pavimentação, o setor de transporte acaba se prejudicando. Um dos principais motivos é o fato dos veículos terem que passar por mais manutenções, trocas de pneus e problemas de motor. Além disso, também há a questão do alto consumo de combustível, o que acaba refletindo no valor final dos produtos (no caso do transporte de cargas).

Por razões como essas, uma frota sustentável por parte das empresas de logística é de extrema importância para que o planeta não sofra ainda mais com as questões rodoviárias.

As rodovias brasileiras com relação às dos demais países

Em 2020, uma pesquisa sobre a infraestrutura de transporte no Brasil foi realizada pela Fundação Dom Cabral, a qual faz parte do Relatório Global de Competitividade do Fórum Econômico Mundial, lançado em 16 de dezembro daquele ano.

De acordo com os dados do estudo, o nosso país ocupa a 108ª posição do ranking mundial sobre a qualidade da infraestrutura rodoviária. Quanto ao transporte rodoviário, o desempenho brasileiro está abaixo da média latino-americana, que ocupa o 79º lugar do ranking.

Dentre os pilares de competitividade que compõem o ranking global do Fórum Econômico Mundial, que agrupa 141 países, a infraestrutura é um dos mais importantes. Para que esse pilar seja composto, uma pesquisa de opinião com os empresários setoriais é realizada juntamente com uma análise dos dados do Índice de Conectividade Rodoviária (Fórum Econômico Mundial).

Propostas de melhorias para as rodovias brasileiras

Na mesma pesquisa divulgada pela CNT, existem algumas propostas de melhorias para as nossas estradas. A seguir, selecionamos alguns pontos importantes que foram abordados:

⦁ Para que a qualidade das rodovias seja elevada e os impactos socioambientais sejam suavizados, é imprescindível que haja investimento tanto na construção de novas vias quanto na manutenção das já existentes.
⦁ Diante da redução orçamentária para a infraestrutura rodoviária do Brasil, é necessário priorizar algumas intervenções urgentes nas rodovias. Dentre elas, destacam-se:
⦁ Eliminação de 1739 pontos críticos, como 40 quedas de barreira, 5 pontes caídas, 18 pontes estreitas, etc.;
⦁ Reconstrução de 554 km de rodovias em que a sua superfície está destruída;
⦁ Restauração de 41039 km de rodovias que possuem trincas, buracos, ondulações, afundamentos e remendos;
⦁ Manutenção de 51118 km de rodovias que foram avaliadas com muitos desgastes.

A Transligue está presente no mercado de transporte de cargas há 22 anos e possui ampla área de atuação no eixo Sul do país. Por atender diversas regiões, muitas estradas que nossos veículos operam não possuem boas condições, no entanto, nossa frota é toda sustentável, evitando, assim, que a natureza sofra ainda mais impactos negativos.

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